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Eventos

Com “Portas abertas para elas”, CAU-SC celebra o Dia da Mulher com palestra e exposição de arte

Por março 15, 2023No Comments

Para comemorar o Dia da Mulher, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/SC) vai estar de Portas Abertas para Elas, no dia 16 de março. Com música, palestra e artes plásticas, o evento é uma forma do CAU reconhecer o crescente engajamento feminino. Do total de arquitetos e urbanistas registrados no CAU, 65% dos registros são de mulheres, com um predomínio que se reflete nas esferas de decisão. Na comemoração do Dia da Mulher, a programação inicia às 16h na futura sede do Conselho, a ser reformada, na Avenida Rio Branco, 828, no centro de Florianópolis. Após as boas-vindas, da presidente e das conselheiras, o Portas Abertas para Elas segue com a palestra “Escreva sua história com enredo de vitória”, com a jornalista e escritora Ana Lavratti, exposição de arte e coquetel ao som do dueto Louise e Carolina.

 

Mulheres no CAU

Em nível nacional, pela primeira vez o CAU/BR tem uma mulher na presidência: a professora Nadia Somekh, que liderou uma chapa com 156 arquitetas nas eleições para o CAU/SP, onde foi eleita em 2020. Em Santa Catarina, o CAU é presidido por uma mulher pela segunda vez. A primeira foi a arquiteta Daniela Sarmento, na gestão 2018/2020, que atualmente ocupa a vice-presidência do CAU Brasil. E, desde 2021, a arquiteta Patrícia Sarquis Herden é a presidente do CAU-SC, tendo outra mulher, a arquiteta Silvya Caprario, como vice-presidente. Em Santa Catarina, das seis Comissões temáticas, em quatro foram as conselheiras que assumiram a coordenação, e entre os colaboradores e estagiários do CAU-SC, as mulheres também são maioria.

Muito vem sendo construído, numa evolução contínua desde a instituição do CAU, e muito ainda precisa ser feito, pois apenas seis mulheres – dentre as 27 unidades federativas – integram o Fórum de Presidentes que atua em nível nacional. “Estar ali, representando os arquitetos e urbanistas de Santa Catarina, é fruto do exemplo que tive em casa e que já chegou na terceira geração”, reconhece Patrícia. Sua mãe, Anamaria Figueiredo, foi a primeira profissional mulher registrada no CREA/SC, e, neste ano, sua filha, a arquiteta Yasmin Herden, radicou-se na Hungria após concorrida seleção internacional. “Cada profissional que nos precedeu, com engajamento e competência, ajudou a romper o tapume que nos separava da mesa de decisões, e nosso papel é avançar, tornando o Conselho cada vez mais inclusivo”, diz, orgulhosa.

“Não é questão de gênero ou competição”

Vice-presidente do CAU/SC, Silvya Helena Caprario começou a carreira no Oeste do Estado, após se graduar pela UFSC. Convidada para participar do CAU/SC, foi eleita conselheira suplente, ciente da responsabilidade que é estar no conselho de uma autarquia federal e também da contribuição que as mulheres podem dar. “Não é questão de gênero ou competição, pois queremos trabalhar em união com os homens, mas é um outro olhar. Cada um traz a sua sensibilidade”, destaca a arquiteta que não diminui o ritmo nem mesmo enfrentando o tratamento contra o câncer. Cega de um olho, e engajada nas mobilizações que culminaram com o Dia do Monocular, Silvya abraçou a causa da acessibilidade na arquitetura, e atualmente integra a Comissão Ordinária de Ensino e Formação e coordena a Comissão Especial de Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social.

Eliane de Queiroz Gomes Castro, Janete Sueli Krueger e Rosana Silveira também coordenam Comissões no CAU/SC, conduzindo longas reuniões, num ambiente executivo que contrasta totalmente com a dinâmica das suas rotinas, no canteiro de obras. A conselheira Eliane Castro, que reside em Rio do Sul, transpõe os aprendizados para a prática desde a faculdade, quando se associou a uma arquiteta, e acredita que, apesar de todo o respeito que sempre prevaleceu por parte das equipes que trabalham na construção, ainda há uma defasagem a ser vencida: a diferença histórica na remuneração de homens e mulheres.

Com uma empresa especialista em retrofit e regularização de obras, a conselheira Janete Krueger cresceu acompanhando o pai, construtor, e sob o exemplo de mulheres que exerciam forte liderança na família. Satisfeita por ver mais arquitetas engajadas nas entidades de classe, onde sempre foi visível o predomínio masculino, Janete reconhece a relevância de estar no CAU, trabalhando pela valorização da profissão. Numa analogia, o que o canteiro de obras significa para os estudantes, pela oportunidade de transcender o projeto e ver a obra na prática, o Conselho representa para os arquitetos e urbanistas, pela chance de construir os rumos da profissão.

Antes de ingressar na arquitetura, Rosana Silveira era analista de sistemas. A segunda graduação, seguida por especialização, veio em 2013 quando já era mãe. Atuante no mercado, logo percebeu a necessidade de participar, de forma mais proativa, da busca pela igualdade nas esferas onde os homens dominavam a cena: no CREA, IAB, AsBEA e no próprio CAU/SC. Idealizadora de uma chapa exclusivamente feminina – que viria a motivar outros CAUs UF a se movimentarem pela eleição de mais mulheres – Rosana é hoje coordenadora da Comissão Ordinária de Ensino e Formação e coordenadora-adjunta da Comissão Especial de Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social. Somando as experiências no canteiro de obras, nas plenárias e reuniões do Conselho, e na interface com o poder público, recomenda às mulheres que estão ingressando na profissão que se posicionem. “Não deixem de ocupar os espaços”, reforça, satisfeita pelo CAU/SC ser referência de equidade para as demais unidades federativas.

Diretoria do CAU-SC

Exposição de arte

Na foto destaque, a pintura a óleo sobre tela da arquiteta Patrícia Paiva D’Alessandro, sócia da IDEIN Arquitetura, uma das obras que será exposta no evento. Formada em 2002 na Universidade Presbiteriana Mackenzie, Patrícia iniciou-se no mundo das artes ainda durante a faculdade. “Eu tive a oportunidade de fazer alguns desenhos de observação em caneta nanquim e uma reprodução de obra de arte em tinta acrílica durante a grade curricular. Mas foi em 2017, curiosa para aprender mais sobre artes plásticas que iniciei os estudos das técnicas em tinta óleo sobre tela e aquarela no ateliê Toscan, e desde então venho produzindo pinturas utilizando fotos das minhas viagens, natureza viva e cenas urbanas”, revela.

Ela conta que ficou muito feliz e entusiasmada com a oportunidade de apresentar suas produções artísticas no encontro Portas Abertas para Elas. “Este é um momento ímpar para compartilhar experiências com as colegas de profissão. Para mim, a arte é capaz de nos tocar, sentir, pensar e refinar a sensibilidade a partir dos significados culturais que funcionam como ‘chaves’ de interpretação e fruição. Percebemos e aprendemos muito com as obras de arte”, ressalta.

 

Inscrições gratuitas 

 

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