O Centro Design Catarina está finalizando o edital da terceira edição do Prêmio DCatarina, em parceria com a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). A expectativa da presidente do CDC, Roselie de Faria Lemos, é lançar o edital até o final de agosto. Segundo ela, estão sendo planejados, também, workshops in company para os cadastrados na plataforma IndexHub, voltada para a geração de inovação e conexão entre indústrias, empresas, profissionais e instituições de pesquisa.
No último dia 11, o CDC inaugurou a exposição D’Vinties Exhibitions no hall da reitoria da Unesc, em Criciúma, apresentando produtos criados entre 1915 e 2001, nas categorias vintage, retrô e redesign. A mostra já passou por Florianópolis, Itajaí e Lages e agora fica em Criciúma, aberta à visitação, até o dia 30 de setembro.
A entidade também está organizando os preparativos para a segunda edição da feira de design, que será realizada de 4 a 6 de maio de 2018, e passará a se chamar Floripa Expo Design. O evento será novamente realizado nas dependências do Jurerê Sport Center, no bairro Jurerê Internacional, reunindo exposição de produtos, workshops, bate-papos e outros eventos paralelos. “Os executivos de todas as marcas se fizeram presentes e todos estão dispostos a continuar a parceria que foi iniciada. Patrocinadores, público e parceiros satisfeitos – temos aí um aval para dar continuidade ao nosso trabalho”, comenta Roselie, referindo-se à primeira edição do evento, realizado em maio deste ano.
ÁREA – Qual a sua avaliação da primeira edição da feira em relação a qualidade dos expositores e do público?
Roselie – Penso que conseguimos reunir designers, arquitetos de interior, docentes e universitários, formadores de opinião e curiosos para os quatro dias de muito design, cultura, conhecimento e entretenimento. Todos ávidos por conhecer os trabalhos dos designers do estado, por ouvirem os talks e palestras de nomes top do design e por participarem dos workshops e oficinas. Foi uma festa do design.
ÁREA – Como foi a receptividade do mercado, das empresas e dos profissionais para a realização da primeira edição?
Roselie – Houve um momento difícil na apresentação do projeto por conta da instabilidade econômica do país. Mas essa barreira foi superada e todos os expositores se mostraram absolutamente satisfeitos com os resultados da feira e pretendem estar conosco novamente no próximo ano.
ÁREA – O evento contabilizou quase 1.000 participantes/visitantes, certo? Essa era sua expectativa?
Roselie – Na verdade, era esse o número mais ou menos esperado de visitantes. Tenho certeza que no próximo ano esse número vai dobrar. Foi identificada a necessidade desse tipo de evento no estado e isso quer dizer que há uma expectativa de aumento de público.
ÁREA – Você fez questão de que sugerir uma feira, não só com exposição, mas com a venda dos produtos. Essa era uma demanda? Uma forma de tornar o design mais acessível?
Roselie – Sim. Muito mesmo. O design catarinense começou a despontar depois da Bienal. Não que ele não existisse mas não era mostrado. E o objetivo do Centro Design Catarina é tornar o design catarinense uma referência nacional.
ÁREA – A primeira oportunidade de conhecer melhor o design catarinense foi com a Bienal Brasileira de Design. Qual foi o legado do evento, na sua opinião?
Roselie – Abriu as portas do design para a industria e para o público que começou a entender mais o papel do design, apreciando seus resultados nos produtos. Muitos visitantes ficavam impressionados em verificar que aqueles produtos eram projetados e produzidos no estado. Essa descoberta significa muito para o centro Design Catarina, pois começa a dar um impulso maior ao design do estado.
Leia também:
Evento apresentará destaques do design da região Sul, com feira, desfiles, talkshows e workshops
Revista ÁREA promove bate-papo sobre design brasileiro na Design Business Fair