A primeira galeria de arte a céu aberto de Florianópolis está sendo ampliada. No próximo final de semana, nos dias 22 e 23, a partir das 9h, doze artistas plásticos e grafiteiros da capital estarão criando novos painéis na galeria, localizada na entrada do Morro do Mocotó, no centro da cidade. A ação integra o projeto Mocotó Cor, iniciado há dois anos por um grupo de grafiteiros, coordenado pelo artista plástico e grafiteiro Rodrigo Rizo, um dos expoentes da arte urbana catarinense, a partir de uma intervenção no corredor de entrada da comunidade. Criaram, assim, uma galeria de arte, que, no ano passado, ganhou iluminação especial e telas de proteção.
“É uma satisfação enorme poder levar esse projeto novamente à comunidade do Mocotó que foi muito receptiva e colaborou intensamente para o sucesso da primeira edição. Convidei alguns artistas que participaram da primeira edição e também novos artistas para apresentar uma diversidade de estilos e técnicas, e para manter a pluralidade do diálogo com a cultura da comunidade. Enfim, convido a todos para prestigiarem essa ação linda que é o Mocotó Cor!”, afirma Rodrigo Rizo, que assina a curadoria da intervenção. Os artistas convidados são Anderson ‘Nova’, Cristiano ‘Ldrão’, Daniel ‘Ignoreporfavor’, João ‘Vejam’, Marcelo Barnero, Martin “Tchais”, Monique ‘Gugie’, Rafael Fernandes, Ricardo ‘Herok’, Thiago ‘Valdi’ e Wagner ‘Wagz’.
A ação integra um projeto maior de revitalização da comunidade do Mocotó, que inclui a pintura das casas, a limpeza dos terrenos e melhorias em acessibilidade, além de intervenções artísticas. Essa é uma iniciativa conjunta da empresa W Koerich Imóveis e das organizações sociais Instituto Pe. Vilson Groh (IVG) e da Associação de Amigos da Casa da Criança e do Adolescente do Morro do Mocotó (ACAM), que atuam na região, com o apoio de parceiros.
Padre Vilson Groh diz reconhecer as melhorias e o cuidado da comunidade com as benfeitorias. Para ele, o processo de construção de uma nova realidade depende da ligação entre todos os pontos da sociedade: o poder público, os empresários, as organizações sociais e a própria comunidade. “O projeto significa o primeiro passo de uma série de ações que a gente está desenvolvendo em termos de recuperar esses espaços. O segundo movimento é construir processos de políticas públicas com saneamento e outras necessidades da comunidade do morro”, enfatiza.
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