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Destaques

Trabalho do Paraná é destaque no Concurso do Cartaz do Prêmio Design MCB

Por maio 8, 2017No Comments

O cartaz criado pelo designer gráfico Alan Montenegro, da Frila Comunicação & Design, de Curitiba (PR), está entre os oito trabalhos selecionados pela comissão julgadora do Concurso do Cartaz – primeira fase da 31a edição do Prêmio Design MCB, realizado pelo Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo. Dentre as 362 inscrições recebidas, de 14 estados, o trabalho de Alan está entre os cinco destaques do júri que serão exibidos no Museu na exposição do prêmio.

O cartaz vencedor é de autoria do designer gráfico Diego Rodrigues Belo, da AMO Design de Belo Horizonte (MG), que apresentou um cartaz em chapa de poliestireno amarela, recortado com faca especial e impresso em serigrafia a uma cor. A peça vai inspirar toda a identidade visual do 31º Prêmio Design MCB. Dois outros trabalhos receberam menção honrosa:  de Ilona Messenberg Szabo, jornalista residente em Bauru (SP); e  do artista plástico Franklin Silvério, de São Paulo (SP). Além do trabalho de Alan, os outros cinco selecionados pelo júri são Valquíria Lopes Rabelo, de Belo Horizonte (MG);  Gabriela Pagliusi Gennari e Tomás Stephan, de São Paulo (SP);  Jones Ishiki de Siqueira, Pedro Albuquerque Xavier e Rafael Ramón Paulino, de João Pessoa (PB); e Daniel Marques, de São Paulo (SP).

Esse oito trabalhos e outros 152 escolhidos pela comissão julgadora por representarem a diversidade dos cartazes inscritos estão em exposição no Museu da Casa Brasileira, até o dia 11 de junho. Os visitantes poderão escolher o seu cartaz  favorito em uma votação popular, feita presencialmente na exposição. O cartaz com mais votos será exposto ao lado do vencedor, menção honrosa e cinco selecionados pela comissão julgadora na exposição do 31º Prêmio Design MCB, realizada a partir de 11 de novembro.

Vale lembrar que o período de inscrições para a 31a edição do Prêmio será entre 20 junho e 6 agosto, quando o MCB receberá criações (protótipos ou em produção) nas categorias: Construção, Transporte, Eletroeletrônicos, Iluminação, Mobiliário, Têxteis, Utensílios e Trabalhos escritos. Os trabalhos são analisados por duas comissões julgadoras independentes: uma para as categorias de produto e outra para trabalhos teóricos. Por fim, são escolhidos os premiados, divididos entre 1º e 2º lugares e menções honrosas, além dos finalistas da edição.

A ANÁLISE DO JÚRI

De acordo com o júri, a escolha levou em conta não apenas a peça, mas a possibilidade de ela ser usada como matriz para reprodução por meio do estêncil, em diferentes suportes, desde uma camiseta até em muros. “O autor soube escolher uma fonte robusta, apropriada para a exploração desse recurso, e a aplicou de forma coerente. O resultado é bastante sóbrio, ao mesmo tempo em que evoca a visualidade fora de controle das ruas das grandes cidades. Outro aspecto valorizado pelo júri é que o cartaz proposto possibilita diversos desdobramentos, tais como a inserção de mensagens visuais em seus vazios, que podem ser explorados com diferentes fundos, estáticos ou em movimento, algo conveniente uma vez que a peça será o ponto de partida para a divulgação do Prêmio”.

Nas palavras do júri, os dois trabalhos que receberam menção honrosa seguem correntes contrastantes de linguagem gráfica —o minimalismo e o vernacular—, resultando em soluções que sugerem visões bastante diferentes sobre o Prêmio. A ideia de que a essência de todo concurso de design é ajustar o foco, refinar o olhar e ir depurando a visão em busca da excelência inspiradora é sugerida, de maneira elegante e com economia de recursos pela tabela para exames oftalmológicos proposta por Ilona Messenberg Szabo. A sobreposição aparentemente caótica de mensagens, tipos e cores que encontramos na proposta do publicitário e artista plástico paulistano Franklin Silvério, por outro lado, evoca as intervenções do tempo e dos cidadãos às quais os cartazes estão sujeitos quando aplicados, replicados e substituídos no espaço da cidade —um cartaz que já nasce como retrato de seu destino futuro, e ao mesmo tempo aponta para a força da instituição que promove o Prêmio.

“Entre os outros cinco trabalhos destacados pelo júri, encontramos propostas que se apoiam no uso bem resolvido, e eventualmente exclusivo, de letras, que fazem uso do humor, e que chamam a atenção para as qualidades táteis e interativas dos materiais e dos artefatos vernaculares. Este é o caso dos trabalhos de Gabriela Pagliusi Gennari e Tomás Stephan, alunos dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e de Design da Universidade de São Paulo, e de Valquíria Lopes Rabelo, designer da empresa Guayabo, de Belo Horizonte (MG), que dão novo valor e significado a elementos comuns do dia-a-dia das cidades brasileiras, como o painel de avisos e o tapume de madeira. No jogo de ‘caçar palavras’ relacionadas às categorias do Prêmio, proposto pelo paulistano Daniel Marques, e no ‘calendário’ com retratos de escovas de dentes proposto por Jones Ishiki de Siqueira, Pedro Albuquerque Xavier e Rafael Ramón Paulino da empresa Neopop Branding & Design, de João Pessoa (PB), o convite à interação é conjugado com linguagem gráfica minimalista e rigorosa.

“Na proposta de Alan Montenegro, da Frila Comunicação & Design, de Curitiba (PR), a ideia de evocar graficamente esta edição específica do prêmio através de um elemento ‘encontrado’ foi resolvido pelo uso de uma peça de dominó, acompanhado por uma composição que remete ao “encaixe” que está na raiz do jogo e na harmonia procurada em todo produto de design”.

 

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