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Destaques

Projeto colaborativo propõe área pública de convívio no centro de Florianópolis

Por agosto 27, 2017novembro 27th, 2017No Comments

 

Estimular a presença das pessoas nas ruas e requalificar a área urbana, promovendo convivência e reapropriação do espaço público. Esses são os objetivos do projeto ‘Deck Urbano’, que prevê a criação de um espaço público de convívio na rua Saldanha Marinho, entre as ruas Tiradentes e João Pinto, no centro histórico leste de Florianópolis. Desenvolvida de forma colaborativa e voluntária, a proposta de intervenção vem conquistando apoiadores na busca da viabilidade da intervenção, planejada para este segundo semestre. Esta será a primeira ação planejada por iniciativa do Movimento Traços Urbanos a ser executada na região, batizada de Distrito Criativo.

Na última semana, o projeto do Deck Urbano foi apresentado para Fabio Fillipon, diretor administrativo-pedagógico do Sistema Energia de Ensino, instituição localizada na área de intervenção. “O Movimento Traços Urbanos, a exemplo de outras iniciativas similares, tem nos inspirado a promover e a contribuir para o projeto de revitalização do centro histórico de Florianópolis. Especialmente a Faculdade Energia, através do curso de Design, tem se envolvido diretamente com a realização de seminários e projetos de extensão envolvendo alunos e professores. A região já reúne a efervescência cultural que toda cidade inovadora necessita para desenvolver, atrair e reter talentos. Agora, é preciso tornar aquele espaço mais amigável, receptivo e seguro, aumentando a frequência e visitação de moradores e turistas e, assim, contribuindo para a sustentabilidade daquela localidade”, disse Fabio Fillipon.

A região tornou-se o local com maior dinamismo urbano da cidade, e abriga pontos culturais importantes, que contam a história da Capital catarinense, como a Catedral Metropolitana, a Praça XV Novembro e o Museu Victor Meirelles. A área vem sendo revitalizada desde 2008, mas ainda carece de atrativos para garantir fluxo constante de pessoas, contribuindo para a redução da sensação de insegurança comum a quem transita por ali fora do horário comercial.

Assim, o Deck Urbano integra-se a outras iniciativas que vêm sendo desenvolvidas na região com o mesmo objetivo, por entidades empresariais e da sociedade civil e por empresários locais. E atende aos interesses expressos por moradores e frequentadores da região durante a ação ‘Varal dos Desejos’, realizada pelo Movimento Traços Urbanos naquela localidade no dia 7 de abril. Bicicletário, bancos, floreiras, ciclovia, vegetação, arte, cor, feiras ao ar livre, mais segurança, atenção aos moradores de rua, foram algumas das manifestações registradas na ocasião.

“A proposta foi muito bem aceita pela direção do Sistema Energia, que já manifestou o interesse em buscar apoiadores para viabilizar o projeto. Conversamos sobre, talvez, integrar uma ‘galeria a céu aberto’ e fazer desse espaço um pequeno anfiteatro para apresentações culturais e de trabalhos de estudantes da instituição e para a realização de pequenas palestras”, relata a arquiteta e urbanista Silvia Lenzi, uma das idealizadoras do Movimento Traços Urbanos.

 Sobre o projeto

O projeto ‘Deck Urbano’ consiste na construção de um tablado de madeira para nivelamento da rua, com degraus para serem utilizados como bancos, configurando um qualificado e criativo espaço de permanência na via, já fechada para o trânsito de veículos. Árvores, iluminação e bancos criados com grandes latas de tinta, também estão previstos, assim como um banco em formato de bisnaga. Simulando um rastro de tinta a partir dessa bisnaga, uma pintura no piso conduzirá visualmente os frequentadores ao Museu Victor Meirelles, um dos diversos espaços culturais existentes nas imediações. Um totem a ser instalado na esquina da rua Tiradentes trará informações detalhadas sobre o museu.

A proposta foi desenvolvida por alunos e professores de Arquitetura e Urbanismo da Unisul, selecionada dentre as quatro apresentadas na primeira oficina promovida pelo grupo, no dia 20 de maio, envolvendo também alunos e professores dos cursos de Design Industrial da Udesc e de Design Gráfico da Faculdade Energia, além de profissionais de arquitetura e engenharia membros do Movimento Traços Urbanos e do Grupo VIA Estação Conhecimento da UFSC-EGC. As oficinas foram realizadas nas dependências da pré-incubadora Cocreation Lab do Centro Sapiens, localizado no Museu da Escola Catarinense.

 

Sobre o Movimento Traços Urbanos

Planejar e executar ações que contribuam para a requalificação dos espaços públicos e de uso coletivo de Florianópolis. Essa é a meta do movimento Traços Urbanos, formado por um grupo transdisciplinar com pessoas de diferentes competências e áreas de atuação. Em comum, elas compartilham o interesse de transformar a cultura urbana a partir da revitalização de diversas regiões da cidade, de forma voluntária. Iniciado em agosto de 2016, idealizado pelos arquitetos e urbanistas Giovani Bonetti e Silvia Lenzi, a partir de uma conversa informal entre amigos, o movimento foi sendo ampliado e hoje reúne 206 pessoas, entre arquitetos, engenheiros, designers, jornalistas, artistas plásticos, guias de turismo, fotógrafos e educadores, atuantes nos setores privados e públicos. Os membros mantêm contato permanente pelas redes sociais e aplicativos de conversas e reúnem-se periodicamente na sede do Museu da Escola Catarinense (MESC), no coração da área que chamam de Distrito Criativo, ao leste da Praça XV de Novembro. Essa é a região-alvo das primeiras ações desenvolvidas pelo Movimento Traços Urbanos.

 

 

Imagens: Divulgação | Movimento Traços Urbanos

 

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