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Eventos

Museu Oscar Niemeyer cria novo projeto para valorização de acervo e artistas locais

Por outubro 28, 2021No Comments

O Museu Oscar Niemeyer (MON) realiza o projeto “Afinidades”, que reúne 20 artistas paranaenses – ou com forte ligação com o Estado. Na exposição de mesmo nome, que será inaugurada no dia 5 de novembro, cada um destacou obras no acervo do Museu que dialoguem entre si e, a partir delas, criou a sua própria proposta. A curadoria é do francês Marc Pottier e da diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika.

“A proposta do projeto é uma imersão no acervo e na coleção de arte brasileira que está hoje no MON”, resume a diretora-presidente do MON e curadora da exposição, Juliana Vosnika. Os artistas foram convidados a conhecer mais, estudar e se envolver com esse conteúdo, trazendo-o com novo olhar aos visitantes do Museu. De maneira não linear, a curadoria integra e revela as inúmeras possibilidades de estabelecer afinidades no meio da arte. “O projeto pretende compartilhar o acervo do MON com o público por meio dos olhos de artistas locais”, comenta.

Os artistas participantes são: André Azevedo, André Nacli, Cleverson Oliveira, Constance Pinheiro, Daniela Busarello, Eliane Prolik, Fernando Canalli, Gustavo Caboco, Juan Parada, Hugo Mendes, Juliane Fuganti, Marcelo Conrado, Marcelo Stefanovicz, Maya Weishof, Rogério Ghomes, Tatiana Stropp, Tom Lisboa, Tony Camargo, Washington Silvera e Willian Santos.

Um passeio pela história da arte

Cada uma das 22 composições (dos 20 artistas selecionados e dos dois curadores da exposição) permite revisitar as coleções do MON com uma grande variedade de épocas e suportes, permitindo assim um passeio pela história da arte do século XIX até os dias atuais, passando também por objetos das coleções asiáticas e africanas. “Isso demonstra a diversidade da criação e da proposta”, diz Juliana. Ela afirma que o acervo é o coração de um museu, sua parte mais importante e vital, e que só faz sentido se dialogar e interagir com as pessoas. “Ao abrir as portas dessa forma, ganha movimento e torna-se vivo e atuante, cumprindo a missão”, comenta.

Curador internacional de arte contemporânea, Marc Pottier explica que, atualmente, ao exibir suas coleções, os museus inovam e também oferecem entretenimento e convidam o público, de certa maneira, a se apropriar do espaço e do acervo. “A exposição ‘Afinidades’ se insere assim nesta corrente, ao convidar artistas a se apropriarem de algumas obras da coleção do MON e tentarem partilhar com o público o motivo das suas escolhas”, diz.

A elaboração do projeto “Afinidades” envolveu muitas pessoas e fez com que o acervo extrapolasse os limites físicos, ganhando novas interpretações e formas. Artistas e curadoria utilizaram seus próprios repertórios e visão de mundo na tradução de sensações e sentimentos provocados pelas obras. O grupo deu dinâmica às peças, trazendo-as em novas leituras até o público. As afinidades estabelecidas se propõem a contagiar e sensibilizar os visitantes, numa experiência única.

“É importante destacar que todo o processo que culminou com a realização desta mostra provavelmente foi tão importante quanto o resultado final”, explica Juliana. “Além da sensação de pertencimento, o engajamento da equipe interna do Museu e a convivência criada permitiu um momento de re-união, exatamente quando o mundo vislumbra o pós-pandemia, o que torna o momento ainda mais especial”.  Segundo ela, a ação foi tão interessante que, possivelmente, esta exposição deve ser a primeira de outras “Afinidades”, ampliando o grupo envolvido no projeto, o que permitirá um diálogo constante entre instituição e artistas.

Inaugurado em 2002, o MON é considerado o maior museu de arte da América Latina. Com 35 mil metros quadrados de área total, sendo 17 mil para exposições, abriga referências da produção artística nacional e internacional, contando com mais de 9 mil obras, entre artes visuais, arquitetura e design.

 

Foto: Marcelo Kawase | Divulgação MON 

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