A Mostra Artefacto 2020 em Curitiba integra 20 ambientes, assinados por 29 profissionais de referência na região. Sob o tema nacional “O essencial para morar bem”, os espaços valorizam as peças da coleção Edition 2020, desenvolvida por Patricia Anastassiadis, diretora de criação da marca. As propostas reforçam o compromisso com a atemporalidade e o propósito em desenvolver produtos de design que rompam com a sua linha do tempo sem perder a relevância estética e a funcionalidade.
As formas elementares constituem um dos pontos de partida do traçado de Patricia. “O ângulo reto é uma invenção humana, não existe na natureza. Por isso, buscamos uma relação mais direta com o corpo, a curvatura da anatomia, o que proporciona uma maior relação de afeto”, conta a arquiteta, que se inspirou em três moods complementares que podem ser notados conceitualmente nas peças, nos seus formatos, texturas e cores. São eles: Japan-Ness, valorizando a simplicidade, elegância, leveza e conforto; ARP, uma homenagem ao artista alemão Jean Arp, reconhecido pela organicidade das formas e padronagens livres, soltas, pluriformes; Food for Thought (alimento para a mente), que valoriza a busca por uma reconexão entre o ser humano e suas origens ancestrais.
Conheça o elenco e saiba mais sobre os ambientes da mostra:
Ana Sikorski, Kátia Azevedo e Flavia Glanert
Um mix de experiências aguarda os visitantes na primeira loja Artefacto Home em Curitiba. Essa é a promessa de Ana Sikorski, Kátia Azevedo e Flavia Glanert. Para receber todos os objetos de decoração da marca, elas criaram nichos moldados na própria parede em formatos orgânicos dando a sensação fluida e natural e criando um plano de fundo suave e harmônico, onde os produtos Home ganharam ainda mais destaque. O uso de formas orgânicas com essência mediterrânea, partiu do princípio de valorizar a linha de mobiliário e objetos da marca.
André Bertoluci
Para 2020, André Bertoluci propõe um ambiente imponente e leve ao mesmo tempo. Com base nesse princípio, ele apresenta um Loft amplo, integrado e clean, que é essencial para morar bem e ter momentos com a família e amigos. Sem luxos excessivos, mas com sofisticação, o espaço é invadido pela base branca, que ajuda a destacar a grande lareira em Corian. Os sofás Argand, em formas curvas e fluidas, trazem simetria e equilíbrio. A vista para o jardim interno oferece luz natural na medida certa. A composição de tons sóbrios, mesclando branco com cinza e preto, coloca a atenção nas obras de arte e quadros em diversas composições.
Caroline Andrusko
O essencial é se sentir bem nos ambientes onde vivemos. E perceber que a arquitetura reflete como somos. Com esse olhar, a arquiteta Caroline Andrusko apresenta uma suíte master luxuosa e requintada. “Eu quis criar um conceito diferente. Para isso, projetei espaços dentro de um mesmo ambiente para que o usuário pudesse fazer várias atividades. Assim, se encaixando dentro do objetivo de morar bem, a pessoa tem o espaço de dormir, de relaxar, de estar, de trabalhar, de meditar, entre outras possibilidades”, conta a profissional. Para ela, o destaque deste espaço é a integração de diversos usos em um ambiente de maneira fluida. Com predominância de tons claros, o mobiliário ganhou revestimentos naturais e suaves ao toque: linho, camurça e couro. Outro destaque são as obras de arte de Ryan Hyrz, que acrescentam personalidade e humanizam o ambiente.
Cymara e Camila Largura e Jacy Ebrahim
Em um espaço com 110 m2, Cymara e Camila Largura e Jacy Ebrahim criaram um ambiente capaz de encher os olhos do visitante. “Interpretamos o tema da Mostra com conforto, carinho e abraço, um ambiente de aconchego pronto para receber e conviver com que amamos”, conta Cymara. Para elas, o Essencial é a família, seja ela de sangue ou coração. Projetado em tons claros e uso de muito material natural, como linho, camurça e fibras, o espaço possui uma adega, área de home theater e home office. Uma das surpresas é a mesa de jantar que pode ser usada, também, para jogo de bilhar. Ou seja, tudo pronto para atender todas as necessidades”, pontua Cymara.
Deborah Nicolau
Deborah Nicolau faz sua estreia na Mostra Artefacto em um espaço cheio de personalidade. “Sempre dou início aos meus projetos prezando por conforto, bem estar e funcionalidade. Nesse momento de recolhimento, ficou ainda mais nítido que realmente é essencial investir nesse local de intimidade, que é o nosso lar”, afirma a profissional. Foi assim que o estar íntimo com lareira, e sala de jantar, nasceram. Com a proposta de apresentar um ambiente intimista e aconchegante, Deborah apostou na mesa de jantar Halston, composta com as cadeiras Carrie em tom ameixa. O resultado é um espaço que torna prazerosa a sensação de estar em casa.
Elaine Zanon e Claudia Machado
Para Elaine Zanon e Claudia Machado, menos é mais e melhor. Por isso, quem visitar o espaço vai se deparar com um ambiente leve e sutil. “Nossa proposta é oferecer uma experiência de conexão do ser humano com a natureza e consigo mesmo”, contam as profissionais. Para isso, elas abusaram da luz natural, que serviu como base para o mobiliário Artefacto. As peças, com design limpo, ganharam revestimentos naturais e são apresentadas em tons essencialmente brancos. Assim, em conjunto com as fotografias de Charly Techio, todo o ambiente converge para a conexão do ser humano com a natureza e consigo mesmo.
Eliza Schuchovski
“Naturalmente, envelhecemos com o passar dos anos e o momento atual me inspirou a conceber um ambiente em torno do resgate do essencial em uma atmosfera sem excessos materiais e com novo propósito.” É assim que Eliza Shuchovski apresenta sua proposta para um loft com amplas e integradas áreas de convivência. No mobiliário estão peças atemporais, que conversam com os últimos lançamentos da Artefacto, como a cama Harrison e a mesa de jantar Bloom em louro. Outra proposta é a mistura de materiais e cores que influenciaram positivamente para a valorização da brasilidade. “Além da pluralidade de referências na arquitetura, o projeto se preocupa em atender às necessidades das pessoas, mesclando estilos de viver e pensar”, completa Eliza.
Ivan Wodzinsky
O arquiteto Ivan Wodzinsky apresenta um projeto de arquitetura e paisagismo principal da loja, criando uma grande varanda aberta. Um espaço luxuoso, sóbrio e atemporal, que se conecta a cidade e o seu charmoso urbanismo. A varanda coberta, mas não fechada, é repleta de texturas, com a predominância da madeira, brilhos e reflexos das peças e o verde que circunda toda a área. São quase 100m2, em um espaço que forma ligação visual com o público passante em frente à loja, levando a marca para mais perto das pessoas. Do lado oposto ao terraço, Ivan criou um jardim para a loja, composto de diferentes espécies de vegetações.
Jayme Bernardo e Glei Tomazi
“Morar bem é ter conforto, fazer boas escolhas, apreciar arte, bons quadros na parede, envolver-se com tudo que te agrada, que traduz sua personalidade. É com prazer que fazemos a leitura de um briefing e colocamos em um ambiente adequado, sempre com muito conforto, beleza e personalidade”. Para Jayme Bernardo e Glei Tomazi, esse é o significado do essencial para morar bem. A tradução desse conceito pode ser acompanhada na vitrine da loja, uma área continua com pé direito alto que, naturalmente, se divide em dois importantes ambientes. No maior deles está um living espaçoso que possibilitou soluções inusitadas. O segundo ambiente, mais intimista, ganhou uma adega climatizada envidraçada. O tapete desenhado especialmente para a Mostra inspirado nos traçados lineares da arte de Carlos Eduardo Zimmermann (in memorian) é um dos destaques do projeto.
Jocymara Nicolau e Andréa Posonski
O loft de Jocymara Nicolau e Andréa Posonski é amplo, claro e fluido. A ideia é que o visitante sinta paz e relaxamento ao entrar no espaço. “Pensamos em um lugar onde a pessoa fosse estimulada a olhar para dentro de si mesma, sentindo uma conexão com seu interior”, contam as arquitetas. Para que isso acontecesse, elas apostaram em uma paleta de cores claras e no mobiliário super confortável e leve. A grande instalação no teto permite a entrada de luz natural que, junto com as texturas do ambiente, promovem essa conexão com o essencial e o desejo de “olhar para o alto”.
Jorge Elmor
Para Jorge Elmor, o “morar bem” está em um ambiente amplo, claro e fluido, onde é possível sentir paz e relaxamento. Para isso, o arquiteto usou tons pastéis, suaves e neutros, pontuados com toques leves de cor. A composição do mobiliário foi feita para acolher com conforto, beleza e leveza, seja na textura dos materiais, ou na luz que vem do teto, por meio de uma grande instalação luminosa que invade o ambiente. “Nos despimos dos excessos para nos reconectar com o que nos faz bem e reforça nossa essência. A atmosfera plácida e acolhedora coloca o usuário como protagonista e oferece todo o conforto para realizar as atividades cotidianas”, conta o arquiteto. Ele ainda destaca a bancada em granilite, e as obras de arte da galeria Sérgio Gonçalves como complemento de todo o conceito.
Juliana Meda
O ambiente de Juliana Meda sugere convivência e integração com a natureza, convidando as pessoas a se conectarem com suas origens. Para isso, ela usou cores que remetem aos elementos naturais, como terracota, cinza e laranja. Outra clara alusão às origens são os bonecos de argila, colocados todos juntos, representando a falta que sentimos de viver em comunidade. “Para mim, essencial é viver bem com outras pessoas, ter paz, intimidade e amizade”, conta a arquiteta. Por isso, o espaço gourmet oferece cores, materiais e mobiliário vibrantes. “É um contraste com a calmaria proposta para os mobiliários de lazer e descanso”, completa Juliana. O resultado é um espaço integrado por área de estar, contemplação, lazer e convivência.
Larissa Loh
A retomada do sentido primitivo de morar, a reconexão com memórias afetivas somadas a elementos naturais foram as principais motivações no processo criativo de Larissa Loh. Para alcançar este objetivo, a ideia foi trazer um clima rústico, com referências ancestrais, e toques contemporâneos. A ideia é que, ao entrar no ambiente, as pessoas sintam calma, segurança e acolhimento, se identificando com o projeto. A paleta de cores transita entre tons terrosos, rosados, amadeirados e neutros. As texturas escolhidas, como o papel de parede estonado, pedras e madeira natural, fazem referência a elementos da arquitetura vernacular de diversos lugares ao redor no mundo.
Margit Soares
O living para reunir família e amigos de Margit Soares é um convite a diversão. Funcional, confortável e neutro, o espaço tem muitos lugares graças aos módulos e puffs Maddox. Para oferecer apoio, a profissional lançou mão das mesas de centro Lena – lançamento da nova coleção, acabamento louro radiance – compostas com as mesas de centro Oro dando movimento e sofisticação ao projeto.
Priscilla Mueller
Em um espaço de 90m2, a arquiteta Priscilla Muller projetou um Lounge, com áreas para living e jantar. “Nesse ambiente pontuamos nossas peças e revestimentos favoritos da Artefacto”, conta Priscila, que coloca simetria e harmonia de tons em cada detalhe do espaço. “Acredito que, além da forma, a função é fundamental. Além de um ambiente visualmente agradável, acho importantíssimo que ele seja útil e confortável para os usuários”, completa.
Aqui, o tema essencial para morar bem aparece em uma proposta acolhedora, que sirva como refúgio. Afinal, a casa, além de ser um lugar de convivência familiar, precisa ser prática e agradável. “No nosso ambiente tentamos refletir esse conceito, com um grande living e jantar fazendo com que os clientes da loja se sintam em casa ao visitar o espaço”, finaliza Priscila.
Renan Mutao, Ary Polis e Bianca Moraes
“Toda vez que pensamos em projetar um ambiente que se conecte com os inúmeros visitantes de uma mostra de decoração, especialmente as mais longas, entramos num grande processo de reflexão que nos faz analisar múltiplos perfis na tentativa de desenvolver traços que nos conectem a esses visitantes e que, por sua vez, os conectem ao nosso projeto”, contam os profissionais Renan Mutao, Ary Polis e Bianca Moraes. E, nessa edição da Mostra Artefacto, eles trazem uma pluralidade de estilos arquitetônicos, onde os elementos clássicos coordenados com mobiliário e obras de arte modernas estão posicionados em um espaço de cores neutras.
Samara Barbosa
Um espaço para conviver, jantar e relaxar em frente a lareira. Para Samara Barbosa, essencial é usar formas e cores que traduzem o dia a dia das pessoas, um estilo de morar. “Nesta nova fase que estamos vivendo, percebemos o que realmente importa: estar bem, com saúde e a família unida”, conta a arquiteta. Com essa premissa, ela projetou um ambiente aconchegante, com uso abundante de madeira, cores sóbrias e elegantes. Outro destaque é o espaço com área verde, para integrar a natureza a decoração. O estar íntimo para família – ou mesmo para receber alguns poucos amigos – tem mobiliário confortável para apreciar uma boa conversa regada a vinho.
Suelen Parizotto
O loft de Suelen Parizotto tem jantar com adega, living e quarto. “Nossa ideia era trazer a luz para dentro do espaço, e transmitir a sensação que os elementos naturais trazem para dentro de casa”, conta a arquiteta. Foi assim que a araucária em cima do quarto ganhou destaque: a arquiteta criou brises que mantém a entrada de luz, ao mesmo tempo que o morador pode enxergar a bela espécie nativa. Para deixar tudo mais sofisticado e elegante, Suelen compôs o espaço com acabamentos mate, que aparecem nas microtexturas e nos móveis.
Talita Nogueira
No espaço de Talita Nogueira, tudo foi escolhido com muita atenção. “Acredito que o essencial para morar está na escolha certa de cada cor, textura, e nas formas. Ambientes equilibrados e com personalidade nos dão a sensação de pertencimento e criam uma conexão de afeto com o espaço que vivemos”, conta a arquiteta. Por isso, a natureza, a arte e o conforto são os principais elementos que conduziram o projeto apresentado na Mostra. A natureza, encontrada no jardim da área externa, serve, também, de cenário para a área interna. A cor entra com força no espaço, em tonalidades amarelas, como um raio de sol invadindo o lugar.
Viviane Loyola
O tema da Mostra 2020 impulsionou Viviane Loyola a criar um espaço que traduzisse elegância e aconchego. A proposta era um espaço para se reconectar, que tivesse uma atmosfera de bem estar, de bem morar. Para isso, a arquiteta usou um mix de materiais, que despertam diferentes sensações. A madeira aparece em alguns pontos para aquecer. Já o mármore ao fundo da mesa de jantar traz o requinte, e as paredes revestidas em espelho trazem leveza e reflexão para o espaço. Cada peça do mobiliário solto foi escolhida com muito critério, numa paleta de cores que vai do off white ao cinza escuro, alguns pontos na cor camelo e muito verde.
Fotos: Juliano Colodeti e Marco Antonio / Divulgação Artefacto