O arquiteto e urbanista gaúcho Clóvis Ilgenfritz da Silva faleceu na noite deste sábado, 23 de novembro, em Porto Alegre. A informação foi publicada pelo arquiteto e urbanista Tiago Holzmann da Silva, presidente do CAU-RS, filho de Clóvis, em suas redes sociais. Uma homenagem será prestada a Clóvis pela Câmara de Vereadores de Porto Alegre.
Considerado pioneiro da assistência técnica no Brasil, o arquiteto recebeu recentemente o Colar de Ouro, comenda criada pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) como reconhecimento máximo aos arquitetos e urbanistas pela sua obra e atuação profissional. A honraria feita na abertura do 21º Congresso Brasileiro de Arquitetos (CBA), em outubro deste ano, e foi entregue aos filhos de Clóvis, que não pode comparecer à cerimônia em decorrência de problemas de saúde.
Na ocasião, Tiago Holzmann da Silva agradeceu aos colegas que estiveram ao lado do pai na luta pela implementação da assistência técnica no país, referindo-se, especialmente aos dirigentes da Federação Nacional dos Arquitetos (FNA), do Sindicato dos Arquitetos do RS (Saergs) e do IAB. “Ele também agradece a todos os colegas que estão sonhando juntos a assistência técnica para transformar em realidade esse projeto. Quando todos sonham juntos fica sempre mais fácil de realizar”, disse Tiago.
Sobre Clóvis Ilgenfritz
Natural de Ijuí (RS), Clóvis Ilgenfritz da Silva formou-se em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1965. E dedicou sua trajetória profissional a projetos e políticas de habitação popular por quase cinco décadas. Na década de 1970, formou uma comissão no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), quando este ainda era o conselho dos arquitetos e urbanistas, para debater o tema da habitação social com colegas interessados na área.
Em 2002, apresentou o projeto da chamada Lei de Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social (ATHIS) no Congresso Nacional, pela primeira vez, quando foi deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Quatro anos mais tarde, na legislatura seguinte, seu colega arquiteto e urbanista Zezéu Ribeiro reapresentou o projeto, que depois virou a Lei 11.888/2008. A lei assegura, às famílias de baixa renda, assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de moradias.
Com informações do CAU-RS, CAU-BR e do Saergs.