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Destaques

Projeto Moradias Infantis, co-criação de Rosenbaum e do curitibano Aleph Zero, conquista mais um prêmio

Por março 28, 2018No Comments

O projeto Moradias Infantis – Fundação Bradesco, desenvolvido em parceria pela Rosenbaum e pelo escritório curitibano Aleph Zero, acaba de ser anunciado vencedor do Prêmio Obra do Ano 2018 promovido pelo site ArchDaily Brasil sob patrocínio da Saint-Gobain. O projeto foi eleito pelos leitores do site, que filtraram milhares de projetos construídos nos países de língua portuguesa, selecionarem 15 finalistas, e elegeram os três melhores trabalhos apresentados no ArchDaily no ano passado.

O Moradias Infantis recentemente conquistou o primeiro lugar na categoria Edificação Institucional e levou o prêmio de ‘Melhor Projeto da Edição’ do 5º Prêmio Saint-Gobain de Arquitetura – Habitat Sustentável, entregue no último dia 15 de março, durante a Expo Revestir. E, também, conquistou o primeiro lugar na quarta edição do Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Othake AkzoNobel e venceu, na categoria Habitação Social, o American Architecture Prize 2017.

 

Sobre o projeto

Trata-se da reformulação da escola rural, que funciona como moradia para os 800 alunos da Fundação Bradesco / Fazenda Canuanã, em uma área de 23.344,17 metros quadrados em Formoso do Araguaia, Tocantins. O projeto é uma co-criação entre a Rosenbaum, de Marcelo Rosenbaum, e o escritório curitibano Aleph Zero, comandado pelos arquitetos Gustavo Utrabo e Pedro Duschenes. E o espaço deveria atender, também, as funções de laboratório e sala de aula.

O processo colaborativo considerou, como principais questões: como desenhar um espaço de moradia para crianças de 13 a 18 anos que habitam um local remoto no centro do Brasil? Qual é a escala ideal para estas crianças que a cada dia interpretam o ambiente a partir de um ponto de vista distinto? E as características da localidade: um encontro de diferentes biomas.

A equipe adotou a metodologia A Gente Transforma, desenvolvida por Marcelo Rosenbaum, na qual se parte de uma colaboração aberta e intensa com a comunidade local, professores, administração, e especialmente, os usuários do edifício, as crianças. Todos foram envolvidos no processo, em workshops e dinâmicas, para buscarem um entendimento comum do problema e de suas possíveis soluções, integrando técnica e materiais contemporâneos com a riqueza do conhecimento vernacular local. A localidade é marcada pelo trabalho manual da lavoura e pela natureza indígena. O processo de pesquisa incluiu visita à aldeia indígena Javaés e o conhecimento da tribo foi valorizado na escolha dos materiais e na organização do local.

Um dos materiais largamente utilizado no projeto foi a Madeira Laminada Colada (MLC), que permite a fabricação de peças de grandes dimensões proveniente de florestas plantadas em áreas de recuperação. Essa tecnologia possibilita curvas, seções variáveis e avanços que aumentam muito o campo de aplicação de madeira na construção. Por outro lado, é forte a presença do tijolo de adobe e de outros aspectos da cultura local no projeto.

Organização em vilas

A nova morada foi organizada, fundamentalmente, em duas vilas, uma masculina e outra feminina. Esta separação já ocorria anteriormente e foi mantida; porém, não mais serão conformadas por grandes espaços dormitórios, mas por 45 unidades de seis alunos cada. Com a redução do número de alunos por quarto, pretende-se a melhoria da qualidade de vida das crianças e seu desempenho acadêmico.

Os espaços de convívio – como sala de TV, espaço para leitura, varandas, pátios, redários, entre outros – foram idealizados conjuntamente com os alunos. Neste novo momento a localização das moradas não mais reside no coração da fazenda como antigamente, pois este deve ser preenchido com programas diretamente relacionados ao ato de aprender. As novas vilas, mais amplas e arejadas, foram implantadas em pontos estratégicos que guiam o novo crescimento da fazenda, organizando o território e possibilitando uma melhor leitura espacial e funcional da escola.

Ficha técnica:

Cliente
Moradias dos alunos da Fundação Bradesco / Canuanã

Co-criação
Rosenbaum + Aleph Zero

Aleph Zero: Gustavo Utrabo, Pedro Duschenes, Marina Oba, Ana Julia Filipe, Yuri Varconcelos, Gabriel Tomish, Nivolie Duarte e Hyruam Minosso

Projeto, fabricação e construção da estrutura de madeira
Ita Construtora

Projeto de paisagismo
Raul Pereira Arquitetos Associados

Projeto de Luminotecnica
Lux Projetos Luminotécnicos

Projeto de Fundações
Meirelles Carvalho

Consultoria Conforto térmico
Ambiental Consultoria

Instalações
Lutie

Lajes em Concreto
Trima

Construtora
Inova TS

Gerenciadora
Metroll

Projeto de mobiliário
Rosenbaum e o Fetiche

Fotos: Leonardo Finotti | Divulgação

Fontes: Rosenbaum e Aleph Zero

 

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